“muitos desejos não se consumam e continuam etéreos por causa das palavras covardes. aquelas que não deixam apertar o botão “enviar” depois de escrever alguns parágrafos sinceros ou que ficam falando de longe e bem baixinho dentro cabeça para não te ligar de madrugada quando estava pensando em você e tudo fazia sentido. ficam ocultas por anseios e medos. por idiossincrasias e insegurança na falta da reciprocidade.

e não tomo coragem, mas invento analogias em planetas fantásticos para tentar fazer você sentir o que estou sentindo. escrevo para o mundo, mas, na verdade, essas palavras têm direção e destino.

porque ao final, todas as conversações, todas as palavras, todos os fragmentos – no discurso amoroso – consistem em dizer ao ser amado:

“estou aqui, perceba-me.””

ilustração: marina faria
texto: tiago yonamine

__________________ O.0 _________

É muito fácil a gente se encantar por alguém depois que o nosso coração foi destruído, pisoteado e a nossa vida parece não ter sentido. Eu só vejo sentido se for assim. Cada fim é também um começo. E eu espero de verdade que vocês não vejam isso como se eu fosse uma pessoa volúvel. É apenas a sincera vontade que eu tenho de depois de ter passado por uma tempestade em auto mar, apareça algum marujo afim de cuidar de mim, antes que a próxima tempestade chegue. Porque estar sozinha é quase sempre bom, fazemos o que queremos, quando queremos e como queremos. Mas como diz a minha mais nova conselheira de vida, Helena,  e digo nova em todos os sentidos, eu preciso de alguém que mande um pouco em mim, que me tire do comando um pouco e veleje por onde nem eu sei! Enfim, se estiver afim, escreva uma carta, mande um poema, faça uma serenata. Ou eu aceito os modos mais modernos, meu cel ta ligado, meu e-mail conectado e meu facebook no mode on all time!!! Estou esperando você aparecer!

Free …

abril 26, 2010

“no vocabulário naval, terral é o vento que vem do continente e leva ao mar. é a corrente dos corações livres.

apesar da relação de pertencimento e da entrega voluntária, amar é deixar livre para navegar. esse é o paradoxo, no discurso amoroso, livre é o navio que atraca em reconfortantes portos sem precisar baixar as âncoras.

tenho coração de pirata. aproveito o vento terral. miro sextantes. navego para além-mar. com as cicatrizes de batalhas passadas e antigos amores.

com o coração livre. deseje-me sorte.”

[fragmentos.bz]


Quando queremos, ou não, se despedir nunca é fácil. Puxar as âncoras, levantar as velas, ver o que foi nosso canto ficar pequeno e distante até se confundir com o infinito. Isso demanda muita coragem, força pra velejar até outra margem que nem sabemos onde fica. Nesse mar que estamos entrando podemos encontrar tempestades, bichos, monstros, por-do-sol incrível, céu estrelado, podemos encontrar uma sereia, um golfinho, um tubarão faminto afim de nos engolir. Mas se não levantarmos nossa âncora desse canto que já não nos serve, nunca saberemos o que nos espera nessa(s) outra(s) margem(s) que está(ão) por ai. Então é preciso arregaçar o coração, é preciso medir força com o tempo e ir em frente. Olhar pra trás apenas para ter certeza de que o passado tem ficado pequeno diante do infinito que se abre aos nossos olhos quando olhamos pra frente. É assim que tem que ser … é assim que eu acho que tem que ser!

Já levantei minhas âncoras, estou puxando minhas velas, mas as pessoas que moram nesse meu canto ainda estão na margem pedindo pra que eu fique. Sinto muito, é com muito amor e com muita esperança que eu sigo meu caminho, com vocês no meu coração! Quem sabe nao chegue um passarinho com uma carta, uma foto, ou um postal de um canto da Itália no bico:

“Especialmente pra você”

MEDO …

abril 20, 2010

“Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós

O medo é uma força que não me deixa andar

Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha

Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo… que dá medo do medo que dá
.”

[Lenine]

abril 17, 2010

A vida é bem maluca mesmo … depois de passar por tudo isso bate em mim um sentimento de posse e de indignação por ver o divertimento e a união das pessoas que eu amo, ja amei e queria ter perto de mim pra sempre! É foda pensar que você arrisca um monte de coisa pra ser feliz com alguem e pra fazer esse alguem feliz e no final a unica pessoa que acaba sozinha e sem nenhum deles é você. Justo você! É isso que me dá raiva.

Prometemos que seriámos amigos pra sempre, e nao somos!

Prometemos estar do lado um do outro pra sempre, e nao estamos!

Prometemos nos fazer felizes, e nao fazemos!

O que mais vamos prometer e nao cumprir? Quantos mil enganos cometeremos de novo? Quantas mensagens serão trocadas sem pensar? Quantas ligações mudas serão feitas? Quantos encontros desmarcados, adiados? Quantas noites pensando no que se passa com você? Quanto tempo pensando no “e se …” ?

 

As páginas viradas da vida deveriam grudar pra que a gente nao pudesse mais voltar. Odeio sentir saudades suas, odeio pensar em você. As vezes eu queria voltar pra casa da minha mae. Te excluir do meu orkut, facebook, celular. Te excluir da minha vida TODA, da minha história! Mas domingo está ai, e eu vou te ver, e com certeza vou me despedaçar inteira, e vou voltar pra casa com a bolsa cheia de pedaços de mim!!!

Aliviada. Com o caminho livre! Mas ainda muito apegada àquele passado!

abril 14, 2010

“Mas quem sou eu para dizer o que é possível e o que é impossível. Quando acaba, até um enforcamento é bonito. Digo isso e imediatamente surge a dúvida: existe algum alívio desnecessário? Mors tua vita mea. Não importa se permanecemos leais aos nossos fracassos ou satisfeitos com os nossos minúsculos heroísmos. Um dos períodos mais intensos da minha vida foi quando não quis fazer nada, não realizei nada. Todas as possibilidades, essas odaliscas que ajudam a concretizar os desejos, esfregavam seus véus no meu rosto e dançavam com fervor. Nessa vida não importa por qual porta você entre, a saída é a mesma para todos. Não é a mentira, é a verdade que é intolerável, sabemos todos.” [Douglas Kim]

De: 13/04, 13h51 – Até: 16/04 , 3h55.

“Neste período, que vai de 13/04 (Hoje) a 16/04, a passagem da Lua e Sol conjugados pelo setor das crises pessoais pode significar um transbordamento de emoções e problemas que você tem tentado evitar nos últimos dias, Thaiane. A Lua Nova neste momento pede que você não faça de conta que não existem coisas que lhe incomodam e que dê atenção a estes pontos. Mas procure fazer isso com objetividade, pois pode haver uma tendência a não enxergar as coisas com clareza, mas ficar tão simplesmente “ruminando” sobre elas. Afinal de contas, ficar apenas falando sobre o que lhe incomoda, ou se ressentindo, pouco ou nada muda. Este é um momento para você procurar tomar atitudes práticas, caso contrário o período não será bem aproveitado, e daqui a um ano as coisas que você evitou transbordarão novamente!

Como este é um momento de finalizações necessárias, é bastante provável que coisas que não façam mais sentido simplesmente “morram”. Você está se envolvendo algum relacionamento que já deu o que tinha que dar? É o momento de findá-lo, de permitir que aquela pessoa que já teve grande sentido em sua existência vá agora participar de outras relações, e esta é a beleza da vida: nos encontramos com as pessoas, trocamos, e depois nos desligamos, para ficarmos abertos a outros relacionamentos. E não pense que a coisa está limitada à vida amorosa, Thaiane! Pode ser que você não viva um “final amoroso” (sobretudo se a relação estiver correndo bem), mas o fim pode envolver uma relação de trabalho, e até mesmo qualquer relacionamento que não esteja mais “funcionando”. Como você está vivendo um mini-ciclo de finalizações, estes dias são particularmente propícios para você dar uma geral em suas coisas e observar que aquilo que não tem mais utilidade pra você pode ser muito útil para outra pessoa. Sabe aquela roupa que você nunca mais usou? Que tal dá-la? Muita gente poderia se beneficiar daquele livro que você nem sequer abre. O que para você é lixo, pode ter imensa utilidade para outra pessoa! É tempo de reciclar, Thaiane!”

[Horóscopo personalizado do Personare]


Egoísmo …

abril 12, 2010

“Uma lição muito simples que voltou a me jogar na trilha da solidão.”

[Amor em minúscula – Francesc Miralles]

 

Sabe aquela imagem medonha da irmã mais nova que fica pra titia porque não consegue levar nenhum relacionamento na boa? Sabe a Catherine de “10 coisas que eu odeio em você”? Sabe aquela que chega nos 35 sem nenhum pretendente à vista por que é insulportável estar ao seu lado?

Prazer, essa sou eu!

Não dá pra desconfiar que uma menina tão solta, tao extrovertida, tão alegre quanto eu ficará para titia? Mas é exatamente isso que vai acontecer! Meu coração ficou tão duro de amar errado, de ver o amor acontecer errado que endureceu de vez e agora não quer mais saber de bem me quer! Eu não sei se algum fogo será capaz de derreter essa geleira! Nao sei se de algum jeito conseguirei derrubar meus muros, minhas barreiras. Nao sei se algum dia estarei disposta a jogar minhas tranças. Desconfio que não …

Sendo assim, torno-me amiga fiel da solidão e sigo com ela nessa estrada que está cada dia mais fria!

“Quando aconteceu? Não sei. Quando foi que eu deixei de te amar? Quando a luz do poste não acendeu. Quando a sorte não mais pode ganhar. Não. Foi ontem que eu disse não. Mas quem vai dizer tchau?
                           
Onde aconteceu? Não sei. Onde foi que eu deixei de te amar? Dentro do quarto só estava eu. Dormindo antes de você chegar. Mas, não. Não foi ontem que eu disse não. E quem vai dizer tchau?

A gente não percebe o amor. Que se perde aos poucos sem virar carinho. Guardar lá dentro amor não impede. Que ele empedre mesmo crendo-se infinito. Tornar o amor real é expulsá-lo de você, pra que ele possa ser de alguém!

Somos se pudermos ser ainda. Fomos donos do que hoje não há mais. Houve o que houve é o que escondem em vão,
Os pensamentos que preferem calar. Se não, irá nos ferir um não. Mas quem não quer dizer tchau.

A gente não percebe o amor. Que se perde aos poucos sem virar carinho. Guardar lá dentro amor não impede, que ele empedre mesmo crendo-se infinito. Tornar o amor real é expulsá-lo de você, prá que ele possa ser de alguém!”

[Nando Reis – Quem vai dizer Tchau?]

abril 12, 2010

“Uma sensação de: o que é mesmo que se passa?”

Há tempos venho me sentindo perdida. Não aqui, ou ali, mas em todos os lugares. Onde estou não me importa mais. Se estou no meu trabalho às 23h, ou na casa da minha mãe numa quarta-feira, tanto faz. Sinto que não tenho um lugar que eu possa dizer que é meu, um lugar no mundo pra onde eu queira voltar todos os dias. Entao, sendo assim, tudo bem estar em qualquer lugar.

Expandindo o pensamento, não é só um lugar que me falta, sinto que não tenho mais nada. Nenhum beijo que seja meu, nenhum colo com meu cheiro, nenhum abraço me esperando à meia-noite. Não tenho mais melhor amiga dormindo com meu pijama, não tenho mais irma fazendo meu cabelo, nao tenho mais irmãos me tirando do sério. Sinto que perdi tudo isso ao longo desses últimos 21 meses nebulosos que eu passei.

Minha vontade de mudar tudo isso é nítida. A garota que viveu tudo isso enquanto meu verdadeiro “eu” estava de “férias” deixou tudo uma bagunça, e eu fico muito puta quando as coisas estão fora do lugar, sujas e desorganizadas.

Quero arrumar e limpar tudo isso antes que alguém chegue e veja tudo isso assim.

 

“Com um início de perder o fôlego, mas com um eterno três pontinhos num final que nem existe.”

“Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo.”

“(…) Me recordei rapidamente de todas as pessoas e coisas que perdi por ainda não estar preparada para elas, ou por ainda ter muita curiosidade de mundo e dificuldade em ser permanente… Recordei de amigos e parentes distantes, aqueles que eu sempre deixo pra depois porque moram muito longe ou acabaram se tornando pessoas muito diferentes de mim, sempre penso “mês que vem faço contato com eles”. E se não tiver mês que vem?…”

“Ele é um super-homem quando a gente precisa e uma criancinha fofa quando a gente também precisa. Meu Deus, agora faço o maior dos esforços do ano: por que cacete deixei de gostar desse cara? Chocolatinhos, vinho, som ambiente, escurinhos. Ele pára o mundo todo, se ajoelha no sofá deixando as mãos no meu colo: “Você não sabe a saudade que eu senti todo esse tempo.” Seus olhos se enchem de lágrima, a música se torna instrumental matando qualquer outra palavra, a cidade não respira, o tempo não existe, a solidão é coisa de gente que mora muito longe dali, minha mente aquieta todos os monstros, as mulheres lindas nas capas das revistas são empilhadas descartavelmente e viram nada, a poluição vira oxigênio puro e cor-de-rosa, o outro homem que é dono sem merecer do meu corpo magoado explode no ar deixando apenas estrelas para iluminar meu recomeço, as dúvidas todas do que fazer pelos próximos mil anos se simplificam porque eu só desejo viver aquele momento, sim, sim, sim, eu quero zerar tudo de antes e de depois e amar esse homem agora, como antes, como nunca. Por que não? “

“Eu gosto das pessoas pelo prazer de gostar e não porque deu tempo de gostar delas.”

“Eu sofro sendo assim, eu sofro porque, quando você acha mais da metade do mundo babaca, você passa muito tempo sozinho.”

“”Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.
Sou isso hoje…
Amanhã, já me reinventei.
Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.
Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina… E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar…
Não me dôo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil…e choro também!”

“Essa vida viu, Zé. Pode ser boa que é uma coisa. Já chorei muito, já doeu muito esse coração. Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra.Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa!”

“Eu tenho um milhão de motivos pra fugir de pensar em você, mas em todos esses lugares você vai comigo. Você segura na minha mão na hora de atravessar a rua, você me olha triste quando eu olho para o celular pela milésima vez, você sente orgulho de mim quando eu solto uma gargalhada e você vira o rosto se algum homem vem falar comigo. Você prefere não ver, mas eu vejo você o tempo todo.”

“Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?’

abril 6, 2010

“Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que nao sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando estou “quase” certa que desistindo naquele momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu “quase” tenho certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!” [C.F.A]

MENTIRA! Digo, repito e afirmo que é mentira minha se eu disser que penso assim! Sei disso por que sei muito bem o que sinto, apesar de contradizer o que eu quero! Posso afirmar que a camiseta jogada e as coisas deixadas por aqui me fazem estremecer e querer desesperadamente pegar o telefone e ligar naquele número que nem aparece mais na lista das 10 últimas chamadas recebidas. A dúvida do “como seria se …” vai permanecer na minha cabeça por muito tempo. E o peso da escolha feita vai causar dor nas minhas costas! E ai eu nao aguento, pego o telefone e …

– Só liguei pra saber como você estava!

Novos Horizontes …

abril 6, 2010

“Corpos em movimento
Universo em expansão
O apartamento que era tão pequeno
Não acaba mais
Vamos dar um tempo
Não sei quem deu a sugestão
Aquele sentimento que era passageiro
Não acaba mais
Quero explodir as grades
E voar
Não tenho pra onde ir
Mas não quero ficar
Novos horizontes
Se não for isso, o que será?
Quem constrói a ponte
Não conhece o lado de lá
Quero explodir as grades
E voar
Não tenho pra onde ir
Mas não quero ficar
Suspender a queda livre
Libertar
O que não tem fim sempre acaba assim”

[Engenheiros do Hawaii]

abril 5, 2010

Assincronia

“Chorei três horas, depois dormi dois dias.” [C.F.A]

Não seria íntegro pedir pra voltar. Não seria justo pedir pra que fosse embora. E já que nenhuma justiça vai ser justificada nessa história, fico eu remoendo as injustiças impostas e deixando que você faça o que acha melhor. Não quero mais falar de justiça, por que quando ela é pra mim não é pra você e vice versa, num verso tão longo que eu não consigo contar! Então acabo torcendo pra vida ser justa com alguém nessa história toda, e na verdade, torcendo pra que ela seja justa com você porque eu daqui, com essa minha armadura e esse meu jeito de ser carrancuda com o mundo, posso tentar me virar sem você. Além disso, eu sei que você não vai se preocupar com as minhas coisas como eu me preocupo com as suas, e não estou falando de intensidade, eu sei que você se preocupa comigo, mas nossas preocupações são apenas diferentes! E já que eu não tenho coragem o suficiente pra ir e nem pra voltar, ficarei aqui, bem onde estou, esperando uma providência Divina pra acertar meus ponteiros! Esteja aonde estiver, se cuida!

“No momento estou sozinha demais para pensar em amor, mas preciso me convencer de que isso vai passar, e estou aqui porque escolhi esse destino. A montanha-russa é a minha vida, a vida é um jogo forte e alucinante, a vida é lançar-se de pára-queda, é arriscar-se, cair e voltar a levantar-se, é alpinismo, é querer subir ao topo de si mesmo, e ficar insatisfeita e angustiada quando não se consegue.” (Paulo Coelho – Onze Minutos)

É mais ou menos esse tipo de pensamento que tem passado pela minha cabeça nos últimos tempos. Eu acabei de passar um momento conturbado, divertido, arriscado, triste e decisivo da minha vida. Fiz várias loucuras: arrisquei minha paz numa festa; entreguei meu coração a quem não podia me dar nada; tirei meu coração das mãos de quem queria me dar o céu; coloquei como prioridade algo diferente dos meus estudos e o pior absurdo de todos: perdi minha essência em algum dos muitos lugares por onde passei! Não sei se fui só eu, pois vejo meus amigos e percebo que todos sabem muito bem onde estão, por que estão, com quem estão. E eu não sei nada! Quero encontrar um motivo, um lugar, um chão onde eu possa pisar sem ter que tomar cuidado, não acho nenhum! Só flores com espinhos! Nenhum dia com sol! Nenhuma noite na praça! Nenhuma semana na praia! Só cascatas de canivetes! E o amor nisso tudo tem me soado como algo sem sentido, fora de cogitação. Arriscar de novo pra quê? Mas sei que é só uma fase … e vou tomar todo o cuidado pra essa fase passar logo!!!!

“Vivemos esperando dias melhores. Dias de paz. Dias a mais. Dias que não deixaremos para trás!”

Eu espero …