“O telefone tocou, foi engano!”

Acho que a parte mais dificil da solidão é não conseguir pensar em ninguém que pudesse preencher o vazio do momento. Estive nos últimos dias pensando na quantidade exorbitante de amigos dos quais eu me afastei nos últimos 5 anos, na quantidade de pessoas que me conquistaram e eu conquistei e depois: NUNCA MAIS. Pensei muito nisso e nas suas causas, e não cheguei a conclusão nenhuma! Sim, sei que sou avessa ao mundo. Que sempre preferi mil vezes uma tarde sozinha ouvindo musica, seguida de uma madrugada de leitura do que um churrasco com mil pessoas bebadas fora de si. Sei tambem que não estou nem perto de ser a pessoa mais legal desse mundo. Também estou longe da beleza ideal, e do que se pode considerar uma “mulher perfeita”. Mas sei lá, sinto que enquanto as pessoas melhoram a sua sociabilidade com o tempo, eu simplesmente levo a minha a zero! 

Hoje o que eu mais gostaria de fazer é ir embora. Cumprir o meu tão sonhado intercâmbio, ficar um tempo fora, quem sabe seis meses ou um ano. Deixar as coisas aqui acontecerem sem que eu exista para atrapalhá-las. Estou desejando me tornar uma vaga lembrança. Uma foto velha no fundo de uma caixa, sei la. 

Que o mundo gire, que o ano passe rápido, que os meus planos deem muito certo. E que todos possam ser felizes, apesar de mim! 

Vazio …

janeiro 24, 2012

Aquele mesmo! O de sempre! 

 

“São apenas mudanças. Nossas necessidades trocam o tempo todo, hoje carinho, amanhã sexo, depois dinheiro, romance, diversão, solidão, quietude ou merda qualquer. Quando vê a gente se perde. É só tudo perder o sentido e a gente se separa. É só a gente se separar pro sentido voltar. O brabo é toda hora ficar procurando uma nova canção que sirva pra nós.” [Gabito Nunes]

Sinto que as grandes mudanças, guerras, mortes, e coisas importantes são ocasionadas por coisas bem pequenas e insignificantes como uma pia com louça pra lavar!

Que as coisas mudem para melhor, pelo menos, já que a louça já está lavada!

Sem entender nada …

janeiro 20, 2012

Eu não sei bem por que essas coisas acontecem, mas o fato é que elas estão aí, acontecendo a torto e a direito! Eu me visto com aquela roupa que nem fica bem em mim, já foi bonita um dia e agora está desbotada, mas eu não consigo parar de usar, por hábito, costume, preguiça de procurar outra no armário, sei lá …
Tenho tanto medo do comodismo, da mesmisse que acabei me enfiando nessa de HABITO!!

Preciso sair dessa, mas como e por onde?

“Não há o que temer, só o que aproveitar!”

Disse isso ao Chico, que passa um momento dificil por esses dias. Disse e acredito nisso. E tenho acreditado cada vez mais mais, casa dia mais, cada momento mais!

A verdade é que até a morte do meu pai, eu vivia numa inércia de urgência da vida. Como se tudo tivesse prazo pra acontecer. O primeiro beijo, o primeiro namorado, o primeiro sexo, faculdade, e tudo o mais. Eu me contorcia e sofria com os planos que o mundo fazia pra mim. Meus irmãos sempre fizeram coisas que ninguém aprovava, mas hoje eles se encaixam nas estatísticas gerais. Eu não. Depois que meu pai faleceu minha vida entrou em transe. E tudo o que eu consigo ver são cenas passando em camera lenta na minha frente, enquanto eu aproveito pra tomar um café com um velho amigo pelo centro da cidade! Meu pai morreu pra ensinar muita coisa pra muita gente, e pra mim ele ensinou que não há amanhã que compense o hoje! 

Eu não preciso ter pressa, eu posso demorar o tempo que for entre sair do banho e vestir a minha roupa. Eu posso escolher a música que eu quiser, eu posso dançar do jeito mais esdruxulo. Posso fazer o que eu quiser, no tempo que eu quiser! 

Eu levo a vida como eu quiser, e não o contrário …